A Narradora

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Juliana
Estudante de Biologia, escritora e desenhista meia-boca nas horas vagas. Odeio cebola, acordar cedo e ficar muito tempo sem ter o que fazer. Na maioria das vezes sou quieta demais e prefiro continuar desse jeito. E sim, meu cérebro às vezes tem lag, problemas com interpretações múltiplas, vontade própria e está atualmente seriamente comprometido por um certo homem de covinhas.
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terça-feira, 8 de julho de 2008

Poesia (2) - De um lápis


Talvez eu devesse parar
Rasgar,
Apagar,
Aparar
Tudo aquilo do caderno.
Tirar as letras das linhas,
rabiscar as entrelinhas
de um vício que é eterno.

Fazer mudas as frases,
crases,
ases
e entraves
de um único palpite.
Esquecer sorrisos e gestos,
um dia estrofes e versos
modelados em grafite.

Em vão passo a borracha,
que borra,
racha,
e acha
aquilo que meu coração mente.
Você, ali, quase apagado...
Um verbo no passado
que insiste em ser presente.

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