A Narradora

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Juliana
Estudante de Biologia, escritora e desenhista meia-boca nas horas vagas. Odeio cebola, acordar cedo e ficar muito tempo sem ter o que fazer. Na maioria das vezes sou quieta demais e prefiro continuar desse jeito. E sim, meu cérebro às vezes tem lag, problemas com interpretações múltiplas, vontade própria e está atualmente seriamente comprometido por um certo homem de covinhas.
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Coração



Coração é um pedacinho do tudo que se espreme dentro do peito da gente. Ele é assim, pequeno, mas dentro dele há uma espécie de distorção espaço-temporal que faz com que sempre caiba mais alguma coisa nele, por maior que essa coisa possa parecer.

Talvez também seja devido a essa distorção espaço-temporal que é tão difícil se tirar alguma coisa de dentro dele, afinal achar uma coisa só no meio do infinito não deve ser uma tarefa muito fácil. E acho que é por isso também que as pessoas freqüentemente desistem de tirar seja lá o que o que elas querem tirar de lá de dentro e deixam com que o tempo faça seu papel diluindo aquilo do que elas querem se livrar. Ou às vezes elas encontram outra coisa lá dentro do coração que estava escondidinha e quase nem fazia volume, mas de repente fica de um tamanho tão grande que todas as outras coisas parecem ínfimas perto dela.

Já outras pessoas nunca acham essa coisa escondidinha que está logo ali, dentro delas, e insistem em vão em procurá-la do lado de fora. Pelas ruas, em festas, dentro da geladeira, quem sabe. Mas nunca onde deviam, onde é só procurar com jeitinho, com calma; dentro desse pequeno infinito que chamamos de coração.

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